terça-feira, 28 de junho de 2011

O MODELO ATÔMICO DE BOHR

Esse modelo baseia-se nos seguintes postulados:

1. Os elétrons descrevem órbitas circulares ao redor do núcleo.
2. Cada uma dessas órbitas tem energia constante (órbita estacionária). Os elétrons que estão situados em órbitas mais afastadas do núcleo apresentarão maior quantidade de energia.
3. Quando um elétron absorve certa quantidade de energia, salta para uma órbita mais energética. 
Quando ele retorna à sua órbita original, libera a mesma quantidade de energia, na forma de onda eletromagnética (luz).
Essas órbitas foram denominadas níveis de energia. Hoje são conhecidos sete níveis de energia ou camadas, denominadas K, L, M, N, O, P e Q.

O modelo de Böhr permite relacionar as órbitas (níveis de energia) com os espectros descontínuos dos elementos.
OS SUBNÍVEIS

O trabalho de Bohr despertou o interesse de vários cientistas para o estudo dos espectros descontínuos. Um deles, Sommerfield, percebeu, em 1916, que as raias obtidas por Bohr eram na verdade um conjunto de raias mais finas e supôs então que os níveis de energia estariam divididos em regiões ainda menores, por ele denominadas subníveis de energia.

O número de cada nível indica a quantidade de subníveis nele existentes. Por exemplo, o nível 1 apresenta um subnível, o nível 2 apresenta dois subníveis, e assim por diante. Esses subníveis são representados pelas letras s, p, d, f.

Estudos específicos para determinar a energia dos subníveis mostraram que:

• existe uma ordem crescente de energia nos subníveis; s < p < d < f
• os elétrons de um mesmo subnível contêm a mesma quantidade de energia;
• os elétrons se distribuem pela eletrosfera ocupando o subnível de menor energia disponível.

A criação de uma representação gráfica para os subníveis facilitou a visualização da sua ordem crescente de energia. Essa representação é conhecida como diagrama de Linus Pauling.O preenchimento da eletrosfera pelos elétrons em subníveis obedece à ordem crescente de energia definida pelo diagrama de Pauling: 1s < 2s < 2p < 3s < 3p < 4s < 3d < 4p < 5s < 4d < 5p < 6s < 4f < 5d < 6p < 7s < 5f < 6d. Cada um desses subníveis pode acomodar um número máximo de elétrons:

DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA POR SUBNÍVEL

Como num átomo o número de prótons (Z) é igual ao número de elétrons, conhecendo o número atômico poderemos fazer a distribuição dos elétrons nos subníveis.

Vejamos alguns exemplos:


21Sc: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d1

Perceba que o subnível 4s2 aparece antes do subnível 3d1, de acordo com a ordem crescente de energia. No entanto, pode-se escrever essa mesma configuração eletrônica ordenando os subníveis pelo número quântico principal. Assim, obteremos a chamada ordem geométrica ou ordem de distância:

1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d1 4s2

Note que, na ordem geométrica, o último subnível — mais externo do núcleo — é o 4s2, sendo que esse subnível mais distante indica a camada de valência do átomo. Portanto: O subnível mais energético nem sempre é o mais afastado do núcleo.

No caso do escândio, o subnível mais energético é o 3d1, apresentando 1 elétron, enquanto o mais externo é o 4s2, com 2 elétrons. A distribuição eletrônica do 21Sc por camadas pode ser obtida tanto pela ordem energética como pela ordem geométrica e é expressa por:


K = 2     L = 8     M = 9     N = 2




segunda-feira, 27 de junho de 2011

Buraco negro "mata" estrela e emite raios gama pela galáxia

Um flash ultrabrilhante de raios gama, identificado em março, foi emitido em uma galáxia, distante cerca de quatro bilhões de anos-luz, onde uma estrela do tamanho do Sol era devorada por um buraco negro, afirmaram astrônomos.
A energia liberada na explosão cataclísmica ainda pode ser vista dois meses e meio depois, destacou um estudo publicado na revista "Science. "Isso é realmente diferente de qualquer evento explosivo que tenhamos visto antes".
O flash na constelação de Dragão foi identificado em 28 de março pelo satélite Swift da Nasa, que está em missão para desvendar os mistérios de explosões poderosas no universo conhecidas como explosões de raios gama.
Um olhar mais atento aos dados do satélite, combinados com outras observações do Telescópio Espacial Hubble e do Observatório de Raios X Chandra, confirmaram isso. O fenômeno resulta de uma estrela com quase o mesmo tamanho do nosso Sol que estava sendo devorada a 3,8 milhões de anos-luz de distância.
A energia do flash de raios gama, chamado Sw 1644+57, e que provavelmente começou em 24 ou 25 de março, ainda é emitida, mas espera-se que se apague lentamente ao longo do próximo ano. "A explosão gerou uma tremenda quantidade de energia ao longo de um período de tempo razoavelmente longo e o evento ainda está acontecendo".






Atração. Simulação computadorizada de como seria o choque entre a estrela e o buraco negro, constelação de Dragão

quinta-feira, 23 de junho de 2011

OS NOVOS MODELOS ATÔMICOS

Depois de Rutherford ter proposto seu modelo, os cientistas direcionaram seus estudos para a distribuição dos elétrons na elestrofera. Fizeram progressos levando em conta conhecimentos anteriores. Há muito tempo os químicos já sabiam que os compostos de sódio emitem uma luz amarela quando submetidos a uma chama. Em 1855, Robert Bunsen verificou que diferentes elementos, submetidos a uma chama, produziam cores diferentes.



Elementos diferentes produzem luz com cores diferentes.









As cores brilhantes dos fogos de artifício são produzidas pela queima de diferentes elementos químicos.




O estudo da luz conseguida dessa maneira permitiu a obtenção dos chamados espectros descontínuos, característicos de cada elemento. A cada cor desses espectros foi associada certa quantidade de energia.


Em 1913, Niels Böhr (1885-1962) propôs um novo modelo atômico, relacionando a distribuição dos elétrons na eletrosfera com sua quantidade de energia.